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Depois da Malbec, a vez da Torrontés?

Crítico do New York Times afirma que a uva branca argentina pode se tornar uma moda nos EUA

Marcos Pivetta/www.jornaldovinho.com.br

02/02/2011

Eric Asimov, o crítico de vinhos do New York Times, diz que a Torrontés, a perfumada cepa que a Argentina tenta internacionalizar (a exemplo do que fez com a tinta Malbec), pode se tornar a nova uva branca da moda nos Estados Unidos.  Foi isso o que aconteceu com a variedade branca italiana Pinot Grigio há alguns anos e agora pode estar em vias de ocorrer com a Torrontés. Numa degustação com 20 exemplares platinos elaborados com essa uva, os vinhos que lideraram a prova são conhecidos dos brasileiros: Cuma 2009 (da Michel Torino), Alamos 2009 (Catena) e Crios 2010 (da Susana Balbo). Os três custam lá entre 13 e 15 dólares, segundo o NYT. No site Wine-Searcher,  o preço dos vinhos é um pouco menor, mas, a título de comparação,  vamos ficar com os valores divulgados pelo jornal.

É interessante notar que o preço de dois desses três vinhos nos Estados Unidos não era muito mais baixo do que os praticados no mercado brasileiro. Uma surpresa. Em geral, os vinhos argentinos custam bem menos lá do que aqui. Na site da importadora Mistral, uma garrafa da linha  Alamos sai por 28,22 reais, algo como 16,9 dólares (ao câmbio de hoje). Na loja virtual do Pão de Açúcar, o Cuma está por 29, 85 reais (17,9 dólares), mas eu já vi recentemente o vinho a 25 reais em lojas físicas da rede de supermercados.  O Crios, que  é o mais barato dos três no mercado americano (13 dólares), é o mais caro no Brasil. Na loja virtual Liquor Store, custa 42,40 reais (25,3 dólares).

Pessoalmente, não sou grande fã da Torrontés, que pode ser excessivamente aromática (floral demais) e alcoólica.  Um copo, como aperitivo, de uma boa garrafa de Torrontés, que parece ter parentesco com as uvas da família Moscatel, pode ser delicioso no verão ou como entrada da refeição. Mas não sei se partiria para a segunda taça …

Uma dica de internet. O NYT deve fechar seu site em breve e passar a cobrar pelo acesso a seu conteúdo. Portanto, aproveitem para ler os textos do Eric enquanto tudo está aberto.

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